Você acorda cansado e ainda com sono, bota o celular no modo
soneca só pra dormir aqueles cinco minutinhos a mais, e ainda consegue perder o
horário. Se arrasta até o trabalho, onde passa o dia a base de café, na
tentativa desesperada de aplacar o sono. Não bastasse essa estafa física, o
telefone toca e você sente um arrepio na espinha, range os dentes, e reza um
pai nosso antes de atender a ligação com aquele sorrisinho amarelo, como se
quem estivesse do outro lado da linha pudesse te enxergar. Frequentemente, você
vive reclamando de dor de cabeça, nas costas, aliás, no corpo todo. Qualquer
comentário cômico, conversa, problema corriqueiro, ou a aparição repentina de
um superior, o deixa ansioso, se não, irritado (e aquele colega mala então?!).
O dia parece longo. E você perde a conta de quantas vezes olhou para o relógio,
e ainda não se passaram mais do que quinze minutos.
De um dia pro outro, você contrai uma gripe, uma dor no
estomago, ou uma alergia, que provavelmente, será diagnosticado como uma virose
qualquer.
Mas será que é isso mesmo? Você levanta e passa o dia
inteiro pensando em sua cama macia, confortável e quentinha. Mas, quando chega
em casa, desesperado para encontra-la, deita e só pensa no dia de trabalho?
Será que tem algo estranho aí?
Estresse é uma reação do organismo com componentes
psicológicos, físicos, mentais e hormonais que ocorre quando surge a
necessidade de uma adaptação grande a um evento ou situação de importância.
Este evento pode ser algo negativo ou positivo.
O estresse negativo é o estresse em excesso. Ocorre quando a
pessoa ultrapassa seus limites e esgota sua capacidade de adaptação. O
organismo fica destituído de nutrientes e a energia mental fica reduzida.
Produtividade e capacidade de trabalho ficam muito prejudicadas. A qualidade de
vida sofre danos. Posteriormente a pessoa pode vir a adoecer.
O estresse positivo é o estresse em sua fase inicial, a do
alerta. O organismo produz adrenalina que dá ânimo, vigor e energia, fazendo a
pessoa produzir mais e ser mais criativa. Ela pode passar por períodos em que
dormir e descansar passa a não ter tanta importância. É a fase da
produtividade. Ninguém consegue ficar em alerta por muito tempo, pois o
estresse se transforma em excessivo quando dura demais.
O estresse ideal é quando a pessoa aprende o manejo do
estresse e gerencia a fase de alerta de modo eficiente, alternando entre estar
em alerta e sair de alerta. Para quem aprende a fazer isto o “céu é o limite”.
O organismo precisa entrar em homeostase após uma permanência em alerta para
que se recupere. Após a recuperação não há dano em entrar de novo em alerta. Se
não há um período de recuperação, então, doenças começam a ocorrer, pois o
organismo se exaure e o estresse fica excessivo.
O estresse pode ser excessivo porque o evento estressor é
forte demais ou porque se prolonga em excesso.
O estresse e seus sintomas:
- queda de produtividade;
- confusão mental;
- apatia;
- dificuldade de concentração;
- sensação de desgaste ao acordar;
- auto-estima baixa;
- dificuldade com a memória;
- depressão e irritabilidade acima do justificável.
Os sintomas físicos do estresse:
- tensão muscular;
- dores de cabeça;
- dores de estômago ou gastrite;
- pressão alta;
- herpes;
- taquicardia;
- problemas dermatológicos;
- aftas, retração das gengivas;
- resfriados;
- tonturas;
- infecções.
Outros sintomas ocasionados pelo estresse:
- acidentes de carro;
- derrubar documentos ou objetos;
- sentir-se desnorteado em lugares conhecidos;
- esbarrar em paredes ou objetos;
- perder objetos;
- pequenos acidentes (cortes, etc.).
Pontos para refletir quanto ao levantamento de sintomas do
estresse:
- Quanto mais sintomas assinalados, mais intenso está o seu
nível de tensão;
- Verifique se seus sintomas são mais de um tipo ou de outro;
- Qual deles mais o preocupa?
- A quais deveria dar atenção imediata?
- Que problemas de saúde futuros esses sintomas podem lhe
acarretar?
- Que ações você pode tomar para eliminar alguns destes
sintomas?
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